Tudo o que um lápis pode conter

Espaço de partilha sobre as actividades de Expressão como Actividades Globalizantes e Interdisciplinares fundamentais no desenvolvimento da criança. Teve por base a acção de formação que já partilhei ao longo de alguns anos, mas pretende-se ir mais além...Compreender a arte da criança, simplesmente respeitando-a, nesse acto individualizado de expressão
livre, que só a si lhe pertence e como tal deve ser respeitado.
Espaço ainda para a literatura infantil como mediador e receptor da expressão livre e espaço para a arte em geral!



domingo, 22 de novembro de 2015

AFINAL O ÍBIS…




O recente espetáculo da Associação Andante transporta um esquisito pássaro, o Íbis. Partindo do poema de Fernando Pessoa, (encenação de Fernando Ladeira, música de Joaquim Coelho e imagem de Mafalda Milhões) ele, o Íbis, poisa na nossa imaginação através da interpretação de Cristina Paiva, no voo de palavras esquisitas e outras mais familiares do nosso quotidiano. 
Dizem que é um espetáculo de promoção de leitura para bebés, mas é muito mais que isso. É um voo, também, ao imaginário infantil dos adultos, dando colo às nossas sensações, de modo primoroso com pormenores ao detalhe, com alguma previsibilidade que se deseja no embalo da circularidade narrativa. As imagens poéticas estão patentes nas ilustrações e adereços, como em todo o registo cénico do espetáculo, o ritmo das palavras e pseudo palavras transportam-nos na sua musicalidade desejando que o espetáculo se repita vezes sem conta. “Há que bom que era”.

Há pessoas assim, “esquisitas” de “propriedade notável” que nos conseguem encantar levando-nos ao colo da forma mais poética possível. Esquisito? Não! 
É um encanto de espetáculo.
Elvira Cristina Silva



Fotos de Associação Andante 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE HISTÓRIAS NO PRÉ-ESCOLAR

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE HISTÓRIAS NO PRÉ-ESCOLAR


A leitura de histórias não só apoia a construção de sentido em torno da escrita, como também enriquece a interacção da criança com a leitura” (Mata, 2008, p.80).

Sabia que nas crianças a aprendizagem sobre a escrita começa precocemente antes de qualquer ensino formal? Em idade pré-escolar? A criança a partir do momento em que adquire a linguagem assume um papel central no seu próprio desenvolvimento, pois ela é activa e participativa no mundo que a rodeia. Ela vai assim construindo o seu próprio conhecimento à medida que explora o meio em que vive. Tendo isto em conta, as actividades de leitura e escrita contextualizadas na realidade da criança constituem-se como actividades de extrema importância, pois permitem uma fonte de exploração e de tomada de consciência sobre as características do código escrito. Esta tomada de consciência surge assim que a criança inicia o contacto com a linguagem escrita.
Diversos trabalhos de investigação sobre a leitura de histórias têm sido realizados. Estes trabalhos têm vindo a demonstrar que esta prática assume uma importância central, não só antes da entrada para o 1ºano – início do ensino formal da aprendizagem da escrita – como também ao longo da escolarização da criança. É indiscutível e de largo consenso a importância que a leitura de histórias assume quando se constitui como uma actividade regular, sendo uma actividade agradável e que proporciona interacções, vivências, partilha de ideias e de concepções. Ouvir e contar/ler histórias permite que as crianças interajam enquanto ouvintes e enquanto contadores de histórias, promovendo em ambos os casos capacidades de ouvinte, de leitura e de compreensão. É por isso considerada uma actividade rica e completa. Eis alguns aspectos que a vivência da leitura de histórias promove, segundo Mata (2008):
o    Oportunidade para ouvir leitura fluente
o    Alargamento de experiências
o    Desenvolve a curiosidade pelos livros
o    Aprendizagem de comportamentos de leitor
o    Apoia o desenvolvimento de conceitos sobre a escrita
Ainda que fora do contexto escolar, as crianças aprendem muito sobre a escrita através da leitura de histórias. Aprendem que o mesmo texto aparece associado à mesma mensagem independentemente de quem o lê – a mensagem é sempre a mesma e aparece sempre na mesma ordem. A leitura de histórias permite, ainda, que as crianças se apercebam da orientação da escrita (da esquerda para a direita, e de cima para baixo) e das relações entre o oral e o escrito (quando o leitor aponta para o que está a ler), e ainda que as palavras se escrevem sempre da mesma maneira ao longo do texto, podendo a mesma palavra aparecer várias vezes sempre escrita da mesma maneira. Por fim, a leitura de histórias facilita o reconhecimento das letras e dos sinais de pontuação, de uma forma integrada e contextualizada, e que faz sentido.
Wells (1988, 1991), um dos primeiros autores nas investigações sobre a leitura de histórias, debruçando-se na frequência de leitura de histórias, identificou uma associação positiva entre a frequência e os conhecimentos sobre literacia das crianças aos 5 anos de idade. E identificou igualmente uma maior compreensão na leitura nestas mesmas crianças aos 7 anos. Nesta mesma linha de investigação, também Sénéchal e LeFévre (2002) identificaram associações positivas entre os hábitos de leitura de histórias em crianças de idade pré-escolar com o seu vocabulário nessas idades, tendo mais tarde avaliado os níveis de leitura dessas mesmas crianças no 3ºano de escolaridade. Concluiu-se assim que as crianças cujos hábitos de leitura de histórias eram mais frequentes apresentavam maiores níveis de leitura no 3ºano.
Os estudos descritos vieram assim enfatizar a importância da leitura de histórias em idades pré-escolares, sendo esta actividade considerada como importante e significativa, uma vez que permite e facilita não só o desenvolvimento precoce de algumas competências de literacia, como também se constitui uma base de motivação para a aprendizagem da leitura e da escrita, pelo seu carácter lúdico. Isto porque a partilha precoce com a linguagem escrita cria oportunidades às crianças de questionarem, de contactarem, de reflectirem, e obterem respostas e informações sobre a linguagem escrita, que vão permitir uma maior e melhor compreensão sobre as particularidades, potencialidades, e funcionalidades do escrito (Mata, 2004). Ler para as crianças é uma das melhores formas de encorajar a emergência e o desenvolvimento das capacidades literárias. Estas experiências de leitura têm vindo a mostrar que providenciam múltiplos benefícios (Zeece, 2007).
A escolha do livro também é algo a ter em conta e que carece de algum cuidado. Acima de tudo, o livro deverá tratar de um tema que seja do agrado da criança e que seja igualmente adequado ao seu contexto. Deve conter imagens coloridas e variadas, e inicialmente devem escolher-se livros com pouco texto. Mas à medida que a criança progride na leitura, devem escolher-se livros com texto mais longo, para ouvir, ler e para descobrir sílabas, palavras e frases (Mata, 2008).
Foi assim exposta a importância da leitura de histórias, sendo esta uma actividade extremamente rica, pois permite a relação do oral com o escrito, promovendo nas crianças capacidades na leitura, de compreensão do escrito e um desenvolvimento ao nível do vocabulário.
Madalena Ferreira de Lima | Psicóloga Educacional,
para Up To Lisbon Kids®

in: 
http://uptolisbonkids.com/2015/05/11/a-importancia-da-leitura-de-historias-no-pre-escolar/

terça-feira, 28 de abril de 2015

Elvira & Cª em noites de Lua Cheia - 4 de maio - 21h


Em 2015 vem partilhar e saborear connosco momentos únicos! 
Estórias, chá e bolinhos em…
Noites de Lua Cheia às 21h00



A última das Guerras
4 de Maio, às 21h00

1914-1918, foi a guerra para acabar com todas guerras. Mas afinal foi mais uma entre outras. Partindo de vários textos sobre tema tão delicado, a guerra, o objectivo é realçar a crueza de tempos idos à luz dos tempos atuais e verificar se a diferença é assim tão notória.

Contadores: Elvira & Cª
Teaser:

Espaço Lua Cheia
R. de Barcelona, 128 c/v Bairro P. Cruz CARNIDE
Idades: (ex: M/4)
Reservas: Tm 938018777 | 966046448
Bilhete 3€ | 1€ < 12 anos e residentes em Carnide


http://www.luacheia.pt/noitesLC.html

terça-feira, 31 de março de 2015

A ferramenta que faz os contos

A ferramenta que faz os contos
Sónia Marques Carvão
Edição de Autor (novembro 2013)

A ferramenta que faz os contos incide no movimento pedagógico, que tem como percursor Matthew Lipman, nomeadamente  a filosofia para crianças.
Este movimento, partindo de histórias, promove o sentido reflexivo e pensamento da criança que se interroga sobre o mundo. O objetivo não é responder às crianças, pelo contrário, é deixá-las questionar permanentemente. Questionando em conjunto, a criança reflete sobre o seu pensamento e o dos outros. A filosofia está em tudo o que nos rodeia, na contemplação, nas sensações, explorando permanentemente o pensamento e a curiosidade através da contemplação.
Sónia Marques Carvão, com o título deste livro, remete para o instrumento de trabalho, pois utilizou já alguns dos contos na sua prática com crianças, num colégio em Cascais. A importância deste projeto editorial, permite através da palavra, lançar “a questão”. Um projeto de autor de quem acredita que se deve aproveitar o espanto permanente das crianças.Composto por sete contos, distribuídos por cerca de noventa páginas. (todos em edição bilingue; português e inglês) constitui-se “Um livro para todos e não só para crianças. Um livro que leva à reflexão de conceitos como o Belo, o Bom, a Ferramenta, o Amor, o Jogo, o Saber e Não Saber, bem como à reflexão de valores éticos, costumes e tradições, brincando” como é referido numa pequena nota na ficha técnica deste livro. Cada conto é acompanhado por ilustrações a preto e branco, de Catarina Morais que na sua simplicidade podem também elas, constituir ponto de partida para a reflexão dos temas abordados nos contos.Estas histórias podem ser usadas por professores e educadores com os seus alunos. Não tem limite de idade e possibilita desafiar a curiosidade das crianças, motivando-as para desafiar os seus pensamentos. Não se trata de dissecar o conto, erro crasso de muitas práticas pedagógicas, mas sim, deixar espontaneamente a criança questionar-se sobre as atitudes dos personagens, ou simplesmente um fio condutor, uma proposta ética, promotora da capacidade de cooperação e da relação com os outros. As conversas das crianças, normalmente, envolvem questões, que em muitos casos se assemelham às referidas por filósofos.
A filosofia é uma proposta de liberdade onde não existem respostas finais, valoriza-se a escuta e a troca de pensamento. O conto é o ponto de partida para a motivação.Aqui fica a proposta.


Elvira Cristina Silva

in: Sugestão de leitura na Newsletter Pró-Inclusão nº 83  pág 8. (março 2015 - 2ª quinzena) Associação dos Docentes de Educação Especial 

domingo, 15 de março de 2015

Desvarios de um lápis azul - 24 de abril no MAC


Desvarios de um lápis azul
Visão desapaixonada sobre o 25 de Abril, onde se pretende que as estórias narradas sejam, maioritariamente, metáforas de situações vividas antes e depois da Revolução. Nada é dado de bandeja, mas tudo está lá para ser descoberto. Texto, Teatro, Música, Narração, são os ingredientes fortes deste espectáculo. Uma outra forma de aniversariar abril.

Reserva de bilhetes:
932559636

Leituras

Leituras
Os livros que se seguem apresentam as minhas opiniões sobre os mesmos. Exclusivamente o que o "meu lápis pode conter". EC

O Rei Inchado

O Rei Inchado
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Todos os escritores do mundo têm a cabeça cheia de piolhos

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Gigante Gigantão

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O pato amarelo e o gato riscado

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CINCO PAIS NATAIS E TUDO O MAIS

CINCO PAIS NATAIS E TUDO O MAIS
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A ferramenta que faz os contos

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O caderno do avô Heinrich

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PEQUENO LIVRO DAS COISAS

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achimpa

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Tu tens direito

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O meu avô

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"um, dois, três, conta lá outra vez"

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Minhamãe

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Tous les chats

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A Locomotiva

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ERA UMA VEZ UM CÃO

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Do outro lado do mundo

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Apresento-vos KLIMT

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O amor e a amizade

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A História de Van Gogh. O rapaz dos girassois

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Eu sei tudo sobre as mamãs

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o Livro da Avó

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As partidas do Sebastião

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Papá, diz-me porque não andam as Zebras de patins?

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O Meu e o Teu

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Zé Pimpão, o «Acelera»

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As Férias do Pai Natal

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De Que Cor É o Desejo?

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Músicos contados aos jovens

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O Livro da Avó

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